O Controle Interno propende a estimular o planejamento e fortalecer a organização, aumentando a eficiência do comando além de facilitar a coordenação. Tem o poder de fiscalizar os atos de quaisquer agentes responsáveis por bens ou dinheiro público, sendo uma das funções primordiais da Controladoria a de dar cumprimento às metas e funções definidas na lei que a criou, priorizando a fiscalização de atos dos órgãos da administração publica.
PREVISÃO LEGAL DO CONTROLE INTERNO
- LEI 4.320/64 - A base legal do controle interno na Administração Pública não é recente, pois já era prevista desde a Lei 4.320/64 nos artigos 75 a 76, abaixo transcritos:
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
- CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 - Com a promulgação da CF/88, observa-se que as atribuições de fiscalização e controle já não são mais exclusivas do Controle Externo (exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas), mas também do Controle Interno de cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário - com referência especial aos Municípios - art. 31), sob os aspectos contábil, operacional e patrimonial.
Assim, com a Constituição Federal o controle interno deve existir no âmbito dos três poderes tendo a seguinte finalidade (artigo 74 da Constituição Federal):
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
- RESOLUÇÃO Nº 227/2011 DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESPÍRITO SANTO (Guia de orientação para implantação do Sistema de Controle Interno na Administração Pública).